quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Icoaraci é um distrito de Belém, capital do estado do Pará, distante aproximadamente 20km, possui cerca de 300 mil habitantes. Localiza-se próximo da Ilha de Marajó com quem mantém travessias diárias de balsa.

Compreende os bairros Águas Negras, Agulha, Campina de Icoaraci, Cruzeiro, Maracacuera, Paracuri, Parque Guajará, Ponta Grossa, Tenoné. Seu núcleo original a partir do qual se expandiu, em forma de tabuleiro de xadrês, guarda os termos Travessa e Rua, essas últimas, chamadas popularmente de 1a, 2a, 3a e assim sucessivamente até a Sétima Rua. Sua economia é baseada no Parque Industrial que abriga, atuando principalmente nos ramos de pesca, madeira, marcenaria e palmito.

Mas Icoaraci se destaca mesmo como importante pólo de Artesanato em cerâmica, instalado precisamente no bairro do Paracuri onde se produz réplicas de vasos típicos de antigas nações indígenas principalmente Marajoara e Tapajônica a partir de peças catalogadas pelo Museu Emílio Goeld. O que garante ao lugar imensurável importância, sobretudo Cultural mais até do que econômica, não só para Belém ou para o Pará, mas para a região amazônica, já que também é lar de diversos Grupos Folclóricos de danças típicas (Asa-Branca, Vaiangá, Balé Folclórico da Amazônia,GECAM(Grupo de Expressões Culturais Art Marajoara) de músicos (Verequete, Nazaré Pereira) e do poeta Antônio Tavernard, que lá viveram, entre outros expoentes da arte amazônica que ainda lá vivem como Mestre Cardoso (ceramista), professora Etelvina (dança folclórica) ambos pioneiros na arte em que atuam.

Por sua estrutura de serviços com bancos, hospitais, fórum, cartório, supermercados, etc, Icoaraci mantém-se importante centro para onde converge pequenos municípios ribeirinhos e bairros próximos.

O turismo também tem resposta na " Vila Sorriso", com a exposição da cerâmica indígena na Praça São Sebastião, bem na orla banhada pela Baia de Guajará, onde o visitante é bem servido por um pólo gastronômico composto da típica culinária (tacacá, maniçoba, pato-no-tucupi) com destaque para a caldeirada com frutos dos rios amazônicos, seja nos restaurantes, nos quiosques que circundam a Praia do Cruzeiro ou uma simples água de côco no Pontão ao se apreciar o belo pôr do sol, sugestionado pelo próprio nome tupi Ico-araci (onde o sol repousa) nesse recanto que é uma maravilha em segredo dos paraenses.

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